segunda-feira, 20 de julho de 2020

Pensamentos de hoje à tarde

É assim mesmo, só escrevo quando estou triste. Pensei que todas as horas de estudos servissem para alguma coisa além das linhas no Lattes, pra apagar dentro de mim os sentimentos humanos, aqueles inferiores das pessoas que sofrem de amor.
Rio dos romances, digo que antigamente as pessoas eram menos evoluídas e que não faz sentido sofrer uma doença, chamar o médico, ir para o exterior a fim de curar um coração partido. Os intelectuais não sofrem, os cantores sertanejos, sim.
E então, eis que eu sofro. Perco pontos no meu QI, produzo menos ciência aquele dia, como chocolate. E escrevo. Escrevo naquele semana mais do que declarações de amor em todos aqueles anos. Penso em ser imediatista e acabar com meu sofrimento, sumir das redes sociais, ficar dois meses me recuperando com os livros da Fernanda Young. Penso que posso voltar a dançar sozinha em casa, me arrumar para tirar fotos, fazer vídeos chamadas com as pessoas que conheci na internet, aprender mais uns dois idiomas. Me encher de coisas e chorar só uma vez por dia, ainda terminar esse período tendo publicado um livro. E penso o quanto queria que você não me fizesse falta, que seria simples mandar as coisas pelos Correios. Eu rasgaria as fotos, bloquearia amigos em comum, seria como se eu tivesse te amado menos.
Eu iria chorar todos os dias em que você não corresse atrás de mim e, na verdade, acredito que você não correria atrás de mim. Não muito. É coisa de comédia romântica e você sempre com muita preguiça.
Nesses dias, eu vou e volto, escrevo e apago, fico forte e depois, fraca. Imagino mil histórias na cabeça e de todos os finais, qual seria meu preferido. Eu nunca tendo a me iludir, sempre mensuro o tamanho do estrago, escolho esse final, o mais abrupto, que acabaria mais rápido com as minha agonia.

Preciso escrever mais poemas de amor quando a gente está bem...

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