Na aula de hoje, aprendi o comando library (pwr). Explicando porcamente, esse comando abre o seu banco de dados pwr (que vem de power, ou seja, poder) que está na biblioteca do seu computador (ou do seu programa). Bem, tenho quase certeza de que é isso.
Fazendo um link entre minhas manhãs de quinta-feira e o que tenho aprendido a respeito das relações interpessoais, posso separar duas maneiras de se relacionar: Poder e Afeto.
Vamos começar pelo Poder, assim como foi a aula de hoje.
Relações baseadas em Poder (ou jogos mentais, como queira) estão no campo do marketing, do Ego e até mesmo do Amor Líquido, um termo do Bauman. Quando há um envolvimento assim, as duas pessoas jogam uma com a outra, sem se envolver emocionamente ou até que uma das partes saia magoada.
Pelo que me contaram, é assim que se deve viver hoje em dia. Você conhece um cara, você se encanta, o homem se atrai, vocês saem algumas vezes e, se um dos dois gostar e se vocês tiverem afinidade, então vocês entram na lista de contatinhos. Nessa lista, há uma ordem de preferência.
Primeiro, a pessoa que você gosta muito, finge não gostar tanto assim, mas que você já pesquisou o mapa astral e a genética da família, caso tenha que decidir entre uma prole ou não.
Em segundo, há a pessoa mais linda do universo todo, os olhos são verde água, o cabelo brilha mais do que o cabelo da Ivete Sangalo na caixinha de tintura. Você daria um rim por um beijo dele, mas não é ele a última pessoa que você pensa antes de dormir.
Daí pra frente, apenas pessoas normais e que preenchem os critérios mínimos para se envolverem com você. Sem grandes sentimentos.
Então você passa a basear todos os seus atos e palavras em teorias sólidas da Neurolinguística ou na psicologia comportamental de Skinner.
- Faça ele rodar como uma pomba.
De fato. Eles rodam como pombas. O Poder funciona!
Em contrapartida, há o Afeto, que tratarei assim como seu sentido popular. Carinho.
Há uma frase da Liz Gilbert que eu gosto muito. É assim: "ganhou o meu carinho para todo sempre no dia em que nos conhecemos".
Bem, preciso dizer com todas as letras, onde há Poder, não há Afeto. Um exclui o outro. Necessariamente.
O encantamento ou atração, eles existem, mas é você quem determina se vai ser um jogo ou não. Você pode engolir seus sentimentos e manipular o outro com todas as estratégias de marketing que estão super em voga e sim, isso barra a relação baseada no carinho, afeto e sinceridade.
O Afeto é genuíno, corajoso e libertador. Ele derrete o Ego. Você escolhe ser livre ou escolhe (mediante toda sua liberdade) se prender a alguém.
Atenção, não estou falando em compromisso ou assinar contratos, mas de se mover pelo seu próprio ser, se libertando de qualquer papel que não seja seu, ou transando e gemendo com um manual de instrução ao seu lado. O beijo, o sexo, a conversa, eles podem ter Afeto ou então, Poder. Você que escolhe.
Mas, Marcela, se eu optar pelo Afeto, ele vai achar que sou fraca. - Há uma dica muito simples pra isso. Dignidade. A gente dá na mesma proporção que recebe. E pronto. Seguindo essa regrinha, você se envolve de forma genuína, seguindo seus próprios princípios e sem fazer papel de trouxa.
Agora façam a sinastria como lição de casa e descubra em qual relação você e seu amiguíneo estão:
Poder X Afeto.
Poder X Poder.
Afeto X Afeto.
Nesse Mundo Líquido de Bauman, sortudo é quem tem consciência dos dois lados da moeda pra poder fazer uma escolha e aceitar suas devidas responsabilidades.
Eu ainda estou aprendendo, ando por um lado e pelo outro, estudo PNL, Osho, Arly Cravo e todas as pessoinhas maravilhosas que têm algo a dizer sobre o amor e suas tecnologias. Estou vendo como é ser solteira no meio de uma multidão magoada, desacreditada do amor aos 20 e poucos anos (what?) e com um medo inacreditável de se entregar. Em meio a toda teoria e prática, não vou ditar regras de qual lado é melhor. Mas, pelo título desse texto, acho que vocês podem ter uma ideia das minhas preferências.
O amor derrete o Ego.