Já tem umas duas semanas em que, todos os dias, começo cerca de três crônicas com ótimos títulos e um primeiro parágrafo de tirar o fôlego, mas quase nunca os término.
Pra falar a verdade, não sei se são bem os textos que estão brotando de mim porque de repente eu virei a melhor cronista do mundo, ou se são apenas as sensações malucas que se confundem com inspiração.
Acho que as crônicas nunca terminam porque estamos todos no centro. Estamos no meio do mês, na metade de um caso de amor que tive uns anos atrás, que não chegou ao "eu te amo", muito menos ao "quer ir pra outro lugar mais tranquilo?". Fui verificar meu "calendário de mulherzinha" e aquela coisa deve estar muito errada. Eu me sinto no meio do mês o tempo todo, acho que desde o semestre passado, no meio do ano, nas noites de segunda feira. A vida é uma eterna aula de Libras em que você está completamente apaixonada pelo colega de classe.
Estamos no meio. O meio é o melhor lugar. Estamos longe do fim e das decepções, estamos num "não lugar" em que tudo é fogo e paixão.
Deve ser por isso que meus textos nunca chegam ao fim. Eles param no meio. Você não sabe o que vem depois.
E fica tudo assim, pairando, sem nenhum desfecho.
(23 de janeiro de 2017)
Acho que as crônicas nunca terminam porque estamos todos no centro. Estamos no meio do mês, na metade de um caso de amor que tive uns anos atrás, que não chegou ao "eu te amo", muito menos ao "quer ir pra outro lugar mais tranquilo?". Fui verificar meu "calendário de mulherzinha" e aquela coisa deve estar muito errada. Eu me sinto no meio do mês o tempo todo, acho que desde o semestre passado, no meio do ano, nas noites de segunda feira. A vida é uma eterna aula de Libras em que você está completamente apaixonada pelo colega de classe.
Estamos no meio. O meio é o melhor lugar. Estamos longe do fim e das decepções, estamos num "não lugar" em que tudo é fogo e paixão.
Deve ser por isso que meus textos nunca chegam ao fim. Eles param no meio. Você não sabe o que vem depois.
E fica tudo assim, pairando, sem nenhum desfecho.
(23 de janeiro de 2017)