domingo, 28 de junho de 2015

Restaurant, chinita, adorável, hipotético, grazie

Eu estava lendo minha história, meus textos de dois anos atrás, e pensando em quantos detalhes da minha vida eles guardam. Eu não me lembrava de muita coisa até reler aqueles pedaços da minha história que resolvi eternizar, são como amostras de sentimentos, da minha péssima habilidade com crase e um quê da escritora que sou hoje. Eu escrevi dois - dois! - textos pra um cara que eu nem beijei. Qual será a técnica que ele usou pra me hipnotizar? Ou talvez eu que fosse muito ingênia. Eu mostrei os textos pra ele e mesmo assim ele não quis me beijar. Minha amiga me disse que, pessoalmente, ele nem é essa brastemp toda. E eu estou aqui, com aquela música que ele me apresentou, as cicatrizes dos outros que não merecem ser mensionados e uma ótima habilidade com crases. Eu estou bem melhor, eu beijo bem melhor, e até arrisco dizer que estou bem mais forte e madura. Apesar de gostar de unicórnios cor-de-rosa com glitter. E de querer ficar loira a cada ovulação. Hoje eu descobri que minha palavra preferida em francês é "restaurant", em español é "chinita" e em português são "adorável" e "hipotético". Em italiano eu ainda não sei, mas pode ser "grazie", uma das poucas que conheço. Vim deixar isso aqui registrado pro caso de eu me esquecer um dia, vocês por favor me leiam esse texto pra que eu me sinta exatamente como me sinto agora. Meu coração pulsando. Minha alma leve. Minha madrugada eterna. Tudo ao meu alcance. É assim que eu me sinto viva. Agora feche bem esse potinho.